tag:blogger.com,1999:blog-28543681532718420962024-03-21T21:23:00.758-07:00O Gosto pelo Gosto"Crônicas gastronômicas"Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.comBlogger228125tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-41738166476803336482017-06-26T07:11:00.001-07:002017-06-26T07:13:12.764-07:00 *AQUI NÃO É RESTAURANTE*<br />
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 16pt; text-align: justify;">Ontem
ganhei um presente. Tenho sorte. O povo sabe o que me alegra: livro ou comida.
Ontem foi livro (mas também comi na casa do presenteador). Um livro sobre
comida. Fiquei duplamente satisfeita. </span><i style="font-family: calibri, sans-serif; font-size: 16pt; text-align: justify;">O Pedante
na cozinha </i><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 16pt; text-align: justify;">é daqueles livros que a gente quer comprar uma dúzia e sair
presenteando por pura vontade de dividir o que nos faz bem (ou por pedantismo
mesmo)! O autor, Julian Barnes, nascido em 1946, um inglês com pinta de
francês, foi crítico de literatura; como escritor foi indicado e ganhou um
punhado de prêmios; publicou romances, contos e um monte de escritos sobre
culinária... Mas isso tudo são etiquetas, bobagens. O cara parece ser gente
boa, sensível, verdadeiro, </span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 16pt; text-align: justify;">humano
e tem um talento e tanto com as palavras. Isso me basta. Estou na página 52 de
142 e já colori um bocado de frases, daquelas que a gente tem vontade de
surrupiar, mas como não é do meu feitio, vou abrir as generosas aspas.
“Precisamos mesmo é nos libertar, de maneira mais ampla, daquilo que se pode
denominar falácia do restaurante. Nós saímos para comer, pedimos três pratos,
que chegam mais ou menos quando o estômago mais os deseja, e toda a conspiração
da casa nos convida a concluir que a comida foi preparada na hora, especialmente </span><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">para nós, a partir do momento em que
fizemos o pedido, isto é, puseram para ferver uma porção de feijão, enfiaram
algumas batatas no forno para assar, bateram um pouco de molho </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">béarnaise</i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;"> etc. E o mesmo para todos os
outros fregueses do restaurante. Sabemos que isso é pura tolice, embora alguns
de nós continuemos a creditar nisso, e é maléfica a consequência quando
começamos a cozinhar para outrem. Imaginamos que é preciso fazer tudo de uma
vez só... Porém, mesmo que isso fosse possível (e não é) esquecemos que, de
qualquer modo, não somos só o </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">chef</i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">;
também temos de ser o garçom, o </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">maître</i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">,
o recepcionista e o saltitante anfitrião.” Agora vem a melhor parte, um
conselho de mestre: “As lojas que vendem produtos para cozinha oferecem muitos
acessórios úteis e equipamentos que poupam tempo. Um dos mais úteis e mais
libertadores seria uma placa que o cozinheiro doméstico poderia usar para
chamar atenção em momentos de tensão: AQUI NÃO É RESTAURANTE.”</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: right 425.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">E eu que nunca pensei nisso antes...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: right 425.2pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Bon appétit!<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: right 425.2pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieRkbfZLy7D0iXjxtiGoH0AjV00KOknvavkFQkNPHrAqXxdxmihDP2SlRfsBHOO1cMek5Rp4xULhZdrAuPQsFLpFIkr3MX1rY1TxzjZqw60dqQ54WD2Pkcznm3idGM9LsGkTOF0A0jDnQ/s1600/pedante.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="369" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieRkbfZLy7D0iXjxtiGoH0AjV00KOknvavkFQkNPHrAqXxdxmihDP2SlRfsBHOO1cMek5Rp4xULhZdrAuPQsFLpFIkr3MX1rY1TxzjZqw60dqQ54WD2Pkcznm3idGM9LsGkTOF0A0jDnQ/s400/pedante.jpg" width="295" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: right 425.2pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-82273472607702547352017-06-09T10:30:00.000-07:002017-06-09T10:37:00.308-07:00O (DES)GOSTO<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Uma
das coisas que mais me fascinam, é a formação das palavras (outra, você já
sabe: comida). O que está por trás da formação de cada uma delas, o oculto
nelas, o mistério delas, a raiz... Ando estudando sobre os Chacras. Chacra quer
dizer Roda em sânscrito, "pois segundo antigas escrituras, os sábios da
Índia antiga os descreviam com formas redondas em suas visões, despertadas
pelos sidhis, poderes adquiridos pela prática da meditação. Estão relacionadas
às glândulas no corpo físico, mas residem no Plano Astral; logo, se dissecarmos
um cadáver, não os encontraremos." Segundo ensinamentos, nossa meta
inicial, por essas bandas terrestres, é vencer os três primeiros (num total de
sete) por meio da prática de uma nova abordagem consciente, com o intuito de
alcançar a ‘luminosidade de Anahata, o chacra do coração’. </span><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">É no chacra cardíaco que encontramos o alimento necessário
para darmos sequência à nossa caminhada espiritual. Porém, foi lendo sobre o
segundo chacra que meu coração quase parou. O segundo chacra, denominado
Swadhisthana (que quer dizer ‘morada do ser’) ou chacra sexual, está localizado
abaixo do umbigo, no baixo ventre. É o chacra da sexualidade, da fantasia, da
criatividade. “Aqui, já nos tornamos adultos o suficiente para buscar a
continuidade da vida e da espécie”. E por fim, seu elemento: a Água. É ali que
nossas ‘emoções são chacoalhadas’, ali estão depositados nossos conflitos
existenciais; é nossa fase de adolescência... Ali estão também nossas </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">más águas</i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">, isso mesmo, nossas </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">mágoas! </i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">Não é fascinante isto? E mais, e
certamente não por acaso, o sentido que predomina nesse chacra é o paladar! Olha aí, de novo, a correlação das coisas: mágoa e (des)gosto. E
quantas vezes já ouvimos tratarem o ato sexual como ‘comida’! Coincidência? </span><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">Mais uma coisinha: comida é uma coisa, Alimento é o
absorvemos através dos cinco sentidos. Cuide-se! Saúde e </span><i style="font-size: 16pt; text-align: justify;">bon appétit</i><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;"> sempre.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 21.3333px;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 16pt; text-align: justify;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 16pt; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi94qM4bSIqUotweaPkn-wBYERhcN5NNFKkzlrdwTUQnHLMH2M3D9jHl8sLYRAKlNPcC1jU0VKUxX-9AEsfzQiWAE3g5TonRg9tNLmeDpaHCBGQtBdHaroSVA_VmZHu2Mcmobr_a9QbQLY/s1600/aguaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="196" data-original-width="348" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi94qM4bSIqUotweaPkn-wBYERhcN5NNFKkzlrdwTUQnHLMH2M3D9jHl8sLYRAKlNPcC1jU0VKUxX-9AEsfzQiWAE3g5TonRg9tNLmeDpaHCBGQtBdHaroSVA_VmZHu2Mcmobr_a9QbQLY/s400/aguaa.jpg" width="400" /></a></span></div>
<span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">
</span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-66108438994025306072017-05-31T06:53:00.002-07:002017-05-31T06:59:06.670-07:00O SUFICIENTE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Quem me conhece sabe que eu funciono como um trem: um vagão
puxa o outro, uma conversa puxa outra e é aí que começa a viajação. Então vamos
lá. Um dia desses, li na timeline de um amigo que ele havia sonhado com o pai,
já falecido, e que o tal sonho fizera lembrar-se de uma frase que <i>seu velho </i>costumava dizer: “Nunca abaixe
a cabeça nem levante o nariz, olho no olho já é o suficiente.” E é claro que eu
não podia deixar de compartilhar tamanha sabedoria. Porém, foi o ‘suficiente’
que ficou ali, martelando meus pensamentos... o suficiente, o suficiente...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt;">Fui atrás de um texto que li faz tempo, cujo título é </span><i style="font-size: 16pt;">Desejo o</i><span style="font-size: 16pt;"> </span><i style="font-size: 16pt;">suficiente para você, </i><span style="font-size: 16pt;">de autoria desconhecida. Trata-se da despedida
calorosa entre mãe e filha, presenciada por um estranho, em um aeroporto
qualquer. Segue um pedacinho: -“Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora
dizer Desejo o suficiente para você. Posso saber o que isso significa?” –“É um
desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais
costumavam dizer isso para todo mundo... Quando dissemos Desejo o suficiente
para você, estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para
que a pessoa se ampare nelas...” </span><span style="font-size: 16pt;"> </span></div>
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Na cozinha, dizemos ‘o quanto baste’ quando não
precisamos a quantidade do ingrediente na receita. O quanto baste é o suficiente!
Nem mais, nem menos; é a perfeição do equilíbrio; é o bom senso alcançado; é
pura delicadeza; é o tempero na medida justa, justa com todos os temperos... A
vida se explica também e tão bem na cozinha! Quer saber, a partir de hoje,
quando me perguntarem sobre as proporções em uma receita, </span><span style="font-size: 16pt; text-align: justify;">ah, já estou com a resposta na ponta da língua, afiada como cutelo de açougueiro.</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Aproveite a ladainha pra fazer uma Masala indiana, deliciosa
e terapêutica, para temperar seus pratos: use cúrcuma, pimenta caiena, canela
em pó, gengibre em pó, páprica doce ou picante (ou as duas), cardamomo, grãos
de coentro ligeiramente tostados, cravo-da-índia, sal... As medidas, você já
sabe! Saúde!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Bon appétit.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPM6E6Ml2Me6zCCowgT7eN6VZqdKd3TlIUp42U23GUzRlpgfPoj1jCjyoRR24W1Jj7im4juYNkVGf3h7q7Nby3Hs6V2EgedFg0LXMDNk_m2FsD_vY_MBU5WWk6clrNTTaXx9s78HVahXQ/s1600/temperos-naturais-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="620" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPM6E6Ml2Me6zCCowgT7eN6VZqdKd3TlIUp42U23GUzRlpgfPoj1jCjyoRR24W1Jj7im4juYNkVGf3h7q7Nby3Hs6V2EgedFg0LXMDNk_m2FsD_vY_MBU5WWk6clrNTTaXx9s78HVahXQ/s400/temperos-naturais-.jpg" width="400" /></a></i></div>
<i><o:p></o:p></i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-17771914443053987552017-05-22T14:06:00.000-07:002017-05-31T06:41:58.510-07:00SOBRE AMANTES & SABORES<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbpfOPJLLikti_oCwFUv2H-ySl1Z7Uz7iih-H699rER-OODpVaRF-5EtMi2tejEan_v-OsLON6cXj0CAB_8gL9QsebXdIj2ash0t4JuKa1yXuetJloKInuyhs_kx_xt0rDHUFvKlwLrkQ/s1600/amantes+e+amores.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="387" data-original-width="502" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbpfOPJLLikti_oCwFUv2H-ySl1Z7Uz7iih-H699rER-OODpVaRF-5EtMi2tejEan_v-OsLON6cXj0CAB_8gL9QsebXdIj2ash0t4JuKa1yXuetJloKInuyhs_kx_xt0rDHUFvKlwLrkQ/s400/amantes+e+amores.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Há muito, muito tempo não escrevo. Não que esteja desiludida
com as palavras ou com as comidas do mundo, que são meus temas preferidos; nem é
por falta de tempo, que desculpa mais esfarrapada e feia não há; também não é
por escassez de assunto ... É que ando meio calada mesmo, das falas faladas e
das falas escritas. <o:p></o:p></span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Há poucos dias deparei-me com uma postagem no FB, cujo título
era: Quem é o seu amante? Abri. Era um texto de Jorge Bucay que começa assim: </span><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif;">“Muitas pessoas têm
um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que
tinham e perderam.” Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório...
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona... Enfim, são
várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente
perdendo a esperança. Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado
outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
‘Depressão’, além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após
escutá-las atentamente... digo-lhes que precisam de um AMANTE! ... Amante é
aquilo que nos ‘apaixona’, é o que toma conta do nosso pensamento antes de
pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir... é
aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o
que nos mostra o sentido e a motivação da vida... Às vezes encontramos o nosso
‘amante’ em nosso parceiro... alguém que não é nosso parceiro, mas que nos
desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo
na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no
trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no
estudo... Enfim, é ‘alguém’ ou ‘algo’ que nos faz ‘namorar a vida’ e nos afasta
do triste destino de ‘ir levando’!... Por favor, não se contente com o ‘ir
levando’, procure um amante... “ </span><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 16pt;">Entendi. Ando muda porque
tenho um amante. Estou de namoro com a vida! É um amante complexo e simples ao
mesmo tempo, verdadeiro, ético, humano, muito rico e belo... Refiro-me ao mais
antigo “sistema de saúde e longevidade na tradição milenar da Índia”: o Ayurveda,
que tem como um dos pilares, a Alimentação, ou seja, tudo aquilo que absorvemos
através dos cinco sentidos. Cá </span><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 16pt;">estou eu, de novo,
envolvida com a boa comida e seu poder de nos restaurar e nos elevar... Há
alguns meses, já inscrita em um curso, quando soube que a comida exercia um
papel muito importante no Ayurveda, arregalei os olhos, meu coração se
expandiu, pensei: é aqui que vou ter as respostas para muitas das minhas
indagações... Comecei a estudar para aprender mais sobre comidas, o uso das especiarias
e suas funções terapêuticas, mas confesso que continuo por um monte de outras
boas razões (mas isso é outra história). Ensinaram-me que uma refeição perfeita
deve ter os seis sabores: o doce, o salgado, o ácido, o picante, o adstringente
e o amargo, e que podemos equilibrar nosso organismo, aumentando nosso poder de
digestão através do emprego adequado de cada um deles. É aqui que entram as
especiarias com seus poderes “mágicos” de transformação e cura, além de
encherem nossos pratos de cores e gostos diversos! </span><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 16pt;">Eu, que já
tinha uma tendência a fazer algumas “bruxarias” na cozinha, agora estou mais
atrevida, tenho aval! E posso afirmar, sem titubear, a cozinha é o útero da
casa! Saúde!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Bon appétit!<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 16pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "helvetica" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-31555964418459942942016-06-04T12:34:00.001-07:002016-06-07T06:04:32.382-07:00CHÁ DE AEROPORTO<br />
Há um tempão não escrevo nada.<b> </b>Hoje parece que vai ser diferente. Deu vontade. A frase displicente de uma colega de curso, postada em nosso grupo do zap, puxou o gatilho... Ela está saindo de férias e durante a despedida, declarou: "tomando chá de aeroporto, voo atrasado".<br />
Chá de aeroporto... Chá de aeroporto... Todo mundo (ou quase) já experimentou, a maioria não gosta. Eu gosto. E não é pra ser a diferentona. Posso explicar. Chás são terapêuticos! De um jeito ou de outro, mas são.<br />
Você já viu "Simplesmente amor"? O filme conta nove histórias de amor, mescladas às comédias e aos dramas de pessoas muito diferentes. Pode não ser um filmaço que marcará o mundo cinematográfico, mas o início e o finalzinho da película mostram cenas lindas, relativamente comuns, de pessoas reais no burburinho do saguão de um aeroporto qualquer. Tem choro salgando a dor da despedida; abraços doces festejando o reencontro; beijos picantes temperando a paixão, beijo fraterno, beijo de mãe que tem gosto de salvação; há troca de olhares profundos, aperto de mão, tapinhas nas costas que valem por uma declaração; sorrisos que gritam em silêncio na curvinha tímida dos lábios... Definitivamente, eu gosto de chá de aeroporto! E esse chá, que por vezes é amargo, tem lá sua serventia! Enquanto tomo meu chá, observo: é tanta gente indo, tanta gente vindo; dando adeus, dando beijo, dando bronca, dando birra, dando flores, dando piti... Também tem gente fingindo, gente perdida fugindo (de si mesmo ou de outro igualmente perdido), tem gente com cachorro, com gato, com criança (esse bichinho que se parece tanto com a melhor versão de gente grande)... Chá de aeroporto aguça o pensamento, a imaginação e pode até abrandar o coração se você souber aproveitar! Tem gente que vai dizer que gosto do tal chá porque é de família, está no meu sangue, mas garanto que minha apreciação tem outro fundamento: gosto porque nele tem movimento, conversa fiada, cochicho, bocejo, choro, risos, olhares curiosos, cheiro de café, cheiro de perfume, de suor, cheiro de gente; tem corre-corre pra entrar em filas, corre-corre pra sair das filas; tem criança quase sempre em chororô por não entender o motivo de tanta mala, tanta aporrinhação... Tem sangue circulando, tem vida. Pode ser sua última partida, mas ainda assim, faz parte do espetáculo da vida. Da próxima vez que lhe enfiarem um chá de aeroporto goela abaixo, não reclame, afinal, melhor tomar chá de aeroporto que chá de sumiço!<br />
Pois muito bem, viajação concluída, vamos ao que interessa, já que esse blog é de receitas (pode até não parecer, mas é esse o intuito). A receita é bem simples, porém original, delicada e saborosa: "Ovo cozido no chá". Você vai precisar de: <span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">6 ovos, </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">3 saquinhos de chá preto, </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">2 pedaços de anis, </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">1 pequeno pau de canela, á</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">gua (claro!), </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">2 colheres de chá de açúcar, </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">5 colheres de sopa de molho de soja.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Faça assim: e</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">ncha uma panela com água. Coloque dentro os ovos e cerca de 5 gramas de sal e deixe cozinhar em fogo médio por 15 minutos. Em seguida, retire os ovos e deixe-os de molho em água fria.</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"> Bata a casca dos ovos com uma colher, até que esta comece a rachar. </span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Coloque em uma panela o anis, a canela, os saquinhos de chá preto e os ovos descascados. Junte água suficiente para que os ovos fiquem submersos. Em seguida, adicione açúcar, molho de soja e sal a gosto e mexa bem.</span><br />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">
Cozinhe os ovos em fogo brando por 20 minutos. Para finalizar, desligue a boca do fogão e deixe os ovos de molho aí por mais 3 ou 4 horas, dando tempo para que estes absorvam melhor o tempero. . Apesar de ter um sabor delicioso, esses ovos não são recomendados na alimentação de idosos e mulheres grávidas. </div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJBDKf1OyAX1MbFW3ZnODmJTWHT4oqDkTex0CTDe78JZp3WAUHw2GPN0I38X3f36oBv_Nd5w81uTicRz2PJ4uE1KPd0dFiJv_W_VdkTWPwnaP270n0xSNpQVNMvX9Iji_2klDS6MQzhU/s1600/ovoch%25C3%25A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJBDKf1OyAX1MbFW3ZnODmJTWHT4oqDkTex0CTDe78JZp3WAUHw2GPN0I38X3f36oBv_Nd5w81uTicRz2PJ4uE1KPd0dFiJv_W_VdkTWPwnaP270n0xSNpQVNMvX9Iji_2klDS6MQzhU/s320/ovoch%25C3%25A1.jpg" width="279" /></a></div>
<i>Bon appétit!</i></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-56086015611101660152015-06-08T22:11:00.002-07:002015-06-09T06:27:47.906-07:00PAU DOCE<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Foi
na página virtual de um amigo real que me deparei com a seguinte pergunta: Você já comeu
Pau doce? Pois muito bem, você que me conhece um bocadinho, que vez ou outra
compartilha meus escritos, já deve ter uma ideia do tamanho da minha
curiosidade no que se refere à comida e afins. Pau doce, pau doce... Por que
cargas d’água eu, aos 53, jamais provara um pau doce?! Tive vergonha de deixar
a postagem sem resposta. Declarar um sonoro <i>Não</i>
seria quase humilhante. Relutei. Mandei ver: Comer, comer, não... Parei por aí
e fui buscar, ali e acolá, mais sobre o tal pau doce. Pra começar, descobri que o
protagonista dessa conversa tem um monte de apelidos: Bananinha-do-Japão,
Chico-magro, Gomari, Macaquinho, Mata-fome, Pé-de-galinha, Tripa-de-galinha,
Uva-da-China, Passa-do-Japão... Não, não mesmo, jamais tivera o prazer de
abocanhar um pau doce, concluí entristecida. Continuei a busca. O pau doce é uma
cápsula seca e marrom-avermelhada, sustentada por pedúnculos carnosos e
docinhos, </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">e cada pauzinho contém de duas a quatro sementes
amarronzadas. De sabor aprazível quando consumido maduro, deve ser evitado
verde por seu sabor adstringente e descartado quando passado, pois fermenta e
fica com gosto alcoólico. Na boca revela-se crocante e muito doce, e no final
bem fibroso. Foi o que aprendi. Enfim, é um fruto exótico que mais parece um
talo; ou seria um talo exótico, doce, fibroso que lembra sei-lá-o-quê?? Quero
nem saber, não morro sem provar, pode apostar! </span><i style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Bon appétit!</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAOCl4CIMt8OnvrfHS8xtxaSsdrQ1fdo1DuID7Pi1iOCgqSIu3cul4DUNjYyeGcRa7vnwr9Za_pbABezKzCxSBRBfUcWt1N979WRoun8gVAjy_k9HSJWyiYbxt-lYNnevhw5ln1eb52XY/s1600/paudoce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAOCl4CIMt8OnvrfHS8xtxaSsdrQ1fdo1DuID7Pi1iOCgqSIu3cul4DUNjYyeGcRa7vnwr9Za_pbABezKzCxSBRBfUcWt1N979WRoun8gVAjy_k9HSJWyiYbxt-lYNnevhw5ln1eb52XY/s400/paudoce.jpg" width="300" /></a></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-15999920328968793152015-05-30T09:10:00.001-07:002015-07-11T22:13:05.442-07:00PAPO SOBRE CORTES<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Vou
caducar vendo coisas inusitadas no mundo virtual. Um mundo de imagens e
palavras desfilando a uma velocidade estonteante, diante de olhos e ouvidos
curiosos... É sobre uma dessas imagens que vamos conversar. Trata-se da foto de
um produto de supermercado, embalado e devidamente etiquetado, como manda o
figurino. A história começa aqui. Sobre a etiqueta com código de barras, lê-se:
PRECHECA/ Peso: 1.016/ Preço kg: 16,50/ Total: 16,76. Na parte superior da
postagem, a indignação, digo, a indagação: “Alguém me explica que carne é
essa???” E é claro que compartilhei a tal foto, na tentativa de obter mais informação para a curiosa parte. Você pode imaginar o alvoroço diante do tão
cobiçado talho, e a partir daí, a conversa rolou solta! Resolvi então, na
medida do possível, transcrever alguns comentários e dicas sobre a tal precheca
a 16, 50 o quilo. </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">De
cara, um amigo disse que queria dois quilos sem osso, o que causou o maior
espanto em outra amiga que retrucou de pronto: “Essa qualidade de carne não
pode ir pro congelador. Vc vai comer tudo de uma só vez?!” A resposta dele é melhor deixar pra lá. Um outro, mais
abusado, perguntou se era Friboi e confessou não fazer ideia de como se prepara
uma precheca, afinal, ele sempre gostou mesmo é de músculo. Entendi. Uma outra
disse que o quilo da precheca estava caro pra cassete; e mais um curioso queria
saber se o tal corte ficava perto da sambiquira... Observem que pouco se sabe
sobre precheca. Tenho cá meus conhecimentos sobre comidas e afins e prometo não economizar
esforços para desvendar o mistério desse talho milenar... Pra começar devo
dizer que trata-se de uma parte delicada, de tecido macio, porém firme, suculenta se preparada<i> comme il faut</i>. É um
pedaço </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">nobre,
mas não se deixe enganar: tem precheca que não vale um pequi roído! Atenção na
hora de escolher a sua! Uma boa precheca não se acha em qualquer esquina. Outra
dica importante: a cor da precheca não define sua qualidade. Há uma gama de
prechecas à disposição. Precheca saudável, gordinha ou magrinha (vai do gosto
de cada qual), tem que ser limpa, bem tratada e fresquinha. Outra questão
capital: o preparo da precheca. Aqui não há regras severas: cada um prepara a
sua à sua moda e desejo. Porém, a melhor precheca é a in-natura, ricamente temperada pela Mãe Natureza. Nada de sal, pimenta ou qualquer outro condimento
picante, no máximo, algumas gotas de azeite extra-virgem </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">pra
hidratar a superfície, e basta! Receita não vou dar, mas não despreze meus
conselhos: precheca vai bem com outras partes igualmente gostosas: combine-a
com músculo, picanha e língua. Sirva sempre bem quente (carnes mornas são
indigestas) e terá muita satisfação. Aguce sua fome e aproveite!<i> Bon appétit!</i></span></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUlfFAbLnAwVj2iOYE0NFzEin331cB9_PFSKV2Rkk6rudwlZykf-9m2E6eiXzMMhHSana2NuSBto_O3bDDvGE1houL2UFQuESJtp732FwfIwLboS42-LsSAno0iYlskwS0aL7ny9dbv0c/s1600/precheca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUlfFAbLnAwVj2iOYE0NFzEin331cB9_PFSKV2Rkk6rudwlZykf-9m2E6eiXzMMhHSana2NuSBto_O3bDDvGE1houL2UFQuESJtp732FwfIwLboS42-LsSAno0iYlskwS0aL7ny9dbv0c/s320/precheca.jpg" width="304" /></a></span></span></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">
</span></span></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">
</span>Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-44145538503161276592015-03-29T19:19:00.001-07:002015-03-29T22:04:17.922-07:00REFLEXÕES DOMINGUEIRAS<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Passei um pedaço da tarde deste domingo na companhia de duas amigas que estão a mil com um
projeto novo: a produção de conservas artesanais: tem a caponata de berinjela,
a conserva de batatinhas, e a de alho que fica suave e crocante como uma
castanha. Todas deliciosas, preparadas com ingredientes de primeira linha e
muita, muita dedicação. De volta pra casa, sob uma chuvinha preguiçosa, desci
os vidros do carro pra deixar os pingos lerdos e frescos entrarem pelas janelas... De que adiantariam o azeite extra virgem espanhol, o vinagre de maçã,
o bom vinho branco seco, os temperos fresquinhos, a medida certeira do sal e da
pimenta, se não houvessem a criatividade, a competência, o capricho, a
dedicação e o carinho no preparo? Juntei as pontas, conclui:</span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"> boa comida e relacionamento amoroso precisam das mesmíssimas coisas:
ingredientes bons e algum </span><i style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">savoir-faire</i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">
pra virar uma coisa boa, caso contrário, o “negócio” fracassa! Saí há pouco de
um relacionamento que contava com bons ingredientes, mas faltou criatividade,
cuidado, dedicação e competência (isso mesmo: competência) na manutenção: azedou. Nosso negócio faliu. Virou uma receita banal, destemperada, como muita conserva ordinária por aí... Agora cá estou, perdidinha, sem saber qual receita concluiria esse
texto meio sem pé nem cabeça... De receitas o mundo virtual anda transbordando:
tem receita de comida, de bebida; pra acabar com chulé, tirar bicho-de-pé; pra ser feliz, pra fazer feliz; pra acordar
bem, pra dormir bem; pra emagrecer, pra engordar (não, pra isso acho que não
tem); pra ter sucesso, pra não deixar o sucesso lhe subir à cabeça; pra achar
marido e pra deixar o cretino... Então, nada de receitinha hoje, mas vai </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">um conselho, e esse é dos bons, pode acreditar: cuidado com homens que não
sabem cozinhar! Eles também não sabem amar. </span><i style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">Bon
appétit, </i><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">porque sem esse, a vida perde um bocado da graça!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjudKkG1Fg1Ce5I4Z-YYuDz5OFh8UTsQRK4OPzb7sToIgEor4AfT6L9wDcOegVFRj3eMTmm8wC9ht9BHCiToA7oyOtcx1IMm0sNRoHOgYGuss5HLFLwhTufYNArmMhUIK0dVPybn1jO2GI/s1600/amor-em-conserva-criativo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjudKkG1Fg1Ce5I4Z-YYuDz5OFh8UTsQRK4OPzb7sToIgEor4AfT6L9wDcOegVFRj3eMTmm8wC9ht9BHCiToA7oyOtcx1IMm0sNRoHOgYGuss5HLFLwhTufYNArmMhUIK0dVPybn1jO2GI/s1600/amor-em-conserva-criativo.jpg" height="400" width="272" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-90614155575093255082014-07-10T10:35:00.003-07:002014-07-10T10:58:05.027-07:00CORA E EU<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Já
passava das três da manhã quando um amigo, igualmente notívago, enviou-me uma
mensagem que dizia mais ou menos o seguinte: “Oi querida, eis um pedaço do
poema <i>Cora Coralina,</i> <i>quem é você?</i>, pensei em você: <i>Sou mais doceira e cozinheira do que
escritora, sendo a culinária a mais nobre de todas as Artes: objetiva,
concreta, jamais abstrata, a que está ligada à vida e à saúde humana.</i>”
Diante de tal declaração, posso imaginar quão espetacular eram os pratos e os
doces dessa distinta senhora. Não tenho, nem nunca terei- pois ainda me restam pitadas de bom senso e algum juízo- a pretensão de me comparar a ela, mas nisso
somos iguaizinhas, cozinhamos melhor que escrevemos. Por isso, paro por aqui, pelo
menos por enquanto, não escrevo mais nada. Vou sair de férias, recarregar a
bateria usada, deixar a vida acontecer do jeito que ela quiser... Depois volto,
trarei algumas histórias, é certo. E certamente estarão atreladas à comida,
como sempre. Só mais uma coisa: obrigada Marcelo, pelo pensamento gentil. </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">Obrigada Marcinho, pelo jantar caseiro para o qual-
descaradamente- me convidei: arroz branquinho, carne moída refogada com cebola,
abobrinha-verde suada (que era o desejo da noite), feijão com caldo grosso, saladinha verde... Gostoso, muito
gostoso! Agradecemos, ele e eu, por nossos aparelhos digestivos estarem em
melhor forma que nosso sistema respiratório, pois nem gripados, perdemos o
apetite. </span><i style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">Bon appétit,</i><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;"> sempre!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVOzZbA59Hp5xsU-mOAYlymvN4ysNpE5wmYCdEgbMnoUKjug_UaxkNVV6-dZn9hy_l2R_aRoY66fN3UfhbEeYMtWlBRxySbUb9CKJ3Vk-xlnlfVwNHpt3tvDEZr1b8krk2AZYd8bBzd7c/s1600/Abobrinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVOzZbA59Hp5xsU-mOAYlymvN4ysNpE5wmYCdEgbMnoUKjug_UaxkNVV6-dZn9hy_l2R_aRoY66fN3UfhbEeYMtWlBRxySbUb9CKJ3Vk-xlnlfVwNHpt3tvDEZr1b8krk2AZYd8bBzd7c/s1600/Abobrinha.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-46521551810995467052014-06-21T21:53:00.002-07:002014-06-25T22:14:53.970-07:00HEDONISMO DO SORVETE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Um dia desses, me deparei com uma reportagem na internet cujo
título era: “Descubra se ela é boa de cama observando alguns sinais”. É o tipo
de leitura que- você já está careca de saber- não vai acrescentar nada,
absolutamente nada, em sua vidinha. Mas lá está você, e eu, e mais meio mundo
lendo os conselhos, um a um, tim-tim por tim-tim... Havia uma meia-dúzia de
itens, cada um com um título e algumas astúcias para a realização da tal
descoberta. Três títulos chamaram minha atenção, todos ligados à comida, coisa
mais óbvia. O primeiro, “Ela sugere comida tailandesa para o jantar”, alertava
para a passividade de algumas mulheres em fazer suas próprias escolhas e
afirmava que “uma mulher que sabe e diz o que quer tem mais chances de ser
assertiva na cama”, ou seja, “ela assume a responsabilidade por seu próprio
prazer”, logo, “facilita sua vida dizendo o que você deve fazer para
satisfazê-la”. O título seguinte “Observe como ela come”, aponta os sinais, se
você prestar “atenção no jeito que ela lida com a comida”. A coisa funcionaria
mais ou menos assim: se ela comer devagar é possível que goste de fazer sexo
demorado, então, prepare-se para longas preliminares... Sendo assim, dá pra
concluir que se ela comer depressa, serão as rapidinhas a fonte de seu prazer?
Agora vem a melhor parte do artigo, a chave do portal do paraíso; você saberá
se a digníssima à sua frente combina ou não com você e para isto basta
descobrir: “Qual tipo de sorvete ela gosta?”. Você acha que estou de brincadeira?
Não mesmo. Existem estudos sobre o assunto e tem até uma neurologista envolvida
na pesquisa. A coisa é chamada de <i>hedonismo do</i> <i>sorvete.</i> Foram correlacionados
“testes de personalidade, seus sabores de sorvete preferido e os sabores
preferidos de seu parceiro, e o status no relacionamento”. Descobriu-se que: “amantes
de sorvete de café são dramáticos, sedutores, e paqueradores, além de
compatíveis com fãs de sorvete de morango.” Mulheres que apreciam a baunilha
são mais expressivas e podem se dar muito bem com homens que são chegados nos
sorvetes de chocolate. E parece que “os amantes de sorvete de chocolate com
menta nasceram um para o outro”, será? Só sei de uma coisa: sorvete, por si só, é uma inesgotável fonte de prazer; um prazer quase imoral, devasso, indecente... Boa sorte e<i> bon appétit!</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 21px; line-height: 24.533334732055664px;"><i><br /></i></span><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><i></i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzJOp5DpN9VSojTUK7GuA8dpt7-LHbYDSz3ERc1E-gd2KKn9jK0GWkNVktgq3jUkAB9cDyeeamTuvDK1CoPwG9Hzj_juKBhCOFVHOgJa9M_J9Obo2d5Wyv3j2QzxrQxgrAxHtACuvCoJI/s1600/sorvete+(2).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzJOp5DpN9VSojTUK7GuA8dpt7-LHbYDSz3ERc1E-gd2KKn9jK0GWkNVktgq3jUkAB9cDyeeamTuvDK1CoPwG9Hzj_juKBhCOFVHOgJa9M_J9Obo2d5Wyv3j2QzxrQxgrAxHtACuvCoJI/s1600/sorvete+(2).jpg" height="215" width="400" /></a><i></i></div>
<o:p></o:p>Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-63365129012445358712014-06-19T18:23:00.001-07:002014-06-19T18:26:42.774-07:00LE TEMPS DES CERISES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyxrZcFFlACDeSTmKWYjnObdCDTfhNHr9sPcCuHXI7gKikX2ufSK5sogptyxBvH35mJEFgXY8r9dDJRs8l9TF6Ayw4O7f4vYPk8BSBslj_vpINR9bQytWEidc1w8k1I6Z5nVv5ceg_HMM/s1600/cerise+claf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyxrZcFFlACDeSTmKWYjnObdCDTfhNHr9sPcCuHXI7gKikX2ufSK5sogptyxBvH35mJEFgXY8r9dDJRs8l9TF6Ayw4O7f4vYPk8BSBslj_vpINR9bQytWEidc1w8k1I6Z5nVv5ceg_HMM/s1600/cerise+claf.jpg" height="400" width="318" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><i>Le temps des cerises</i>- O tempo das cerejas, literalmente- é o
título de uma célebre canção francesa, escrita por Jean Baptiste Clément, em
1866. O texto, melancólico sem deixar de ser bonito, é impreciso e as palavras
podem tanto evocar uma revolução fracassada, como um amor perdido. Há uma
metáfora poética e uma “coincidência” cronológica entre a <i>Semaine</i> <i>sanglante </i>(Semana
sangrenta: episódio que marca a execução em massa dos membros da Comuna de
Paris) e a estação das cerejas. Outras análises da composição garantem que se
trata, simplesmente, do amor (no caso, de uma profunda tristeza amorosa) e do
final da primavera. Você não faz ideia da quantidade de vozes extraordinárias
que interpretaram essa canção! Mas voltemos pra parte comestível da história...
As irresistíveis frutinhas, que vão do amarelo brilhante, passando pelo
vermelho-sangue, ao vermelho-escuro denso, quase negro, nos remetem também à
doçura e ao verão que se aproxima. Sei, sei, estamos em junho, em pleno outono,
mas minha cabeça está lá nos campos franceses... É chegado o tempo das cerejas
por aquelas bandas e eu me alegro (e salivo) só em pensar... Difícil foi
escolher uma única receita com cerejas, mas optei por uma de preparo rápido pra
servir 8 pessoas educadas ou 4 gulosas. Providencie: 600g de cerejas, 40g de
manteiga com sal (mais 20g pra untar a forma), 4 ovos, 200ml de leite, 100g de
farinha de trigo, 60g de açúcar, açúcar de confeiteiro, 1 fava de baunilha (se
tiver) e só. Agora aqueça o forno a 210°C. Lave as frutinhas, escorra e tire os
cabinhos. Tem gente que retira os caroços, eu particularmente, acho isso uma
frescura e, além disso, nas receitas clássicas francesas, as bolinhas ficam
inteirinhas. Então, derreta a manteiga em uma panelinha de fundo espesso. Em
uma tigela grande, misture a farinha e o açúcar. Junte os ovos um a um e depois
o leite aos poucos, sem parar de mexer. Acrescente a manteiga derretida. Unte,
com capricho, uma forma refratária, distribua as cerejas e jogue a massa por
cima. Leve ao forno por aproximadamente 10 minutos, diminua a temperatura para
180°C e asse por mais 20 minutos. Sirva o <i>Clafoutis</i>
<i>de cerejas</i> frio ou morno (eu acho que a vida é curta demais pra esperar uma
delícia dessas esfriar). Não se esqueça de polvilhar o açúcar de confeiteiro,
antes de servir. Decore, se der tempo, e <i>bon
appétit!</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-40720910511665760052014-06-08T16:31:00.000-07:002014-06-09T08:57:58.643-07:00O PÃO DO CASTIGO<br />
<ul>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Na receita tem carne e/ou frango moídos, queijo cheddar, cenoura, espinafre,
feijão, batata, tomate, leite em pó, uva passa e pão de trigo integral. Fácil
de preparar, baixo custo e com tudo que a gente precisa. Até aqui tudo bem e
pode até ser tentador para alguns, mas o nutraloaf, o “pão nutritivo”, não tem
absolutamente gosto de nada! O tal pão é completamente neutro ao paladar. Cada
um dos ingredientes foi escolhido, com cuidado, para anular o sabor dos demais
com o intuito de "</span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">criar” o gosto de nada. O nutraloaf é o alimento servido em
algumas prisões dos Estados-Unidos e segundo a Aramark Correctional Services,
uma das muitas produtoras da gororoba, o objetivo é nutrir os presos que se
comportam mal. Isso mesmo. Os detentos mais rebeldes passam algum tempo
comendo, exclusivamente, dois pães nutritivos diariamente. É esse o castigo! </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">A polêmica está rolando solta por aquelas bandas e presos de
sete Estados americanos estão processando o Tio Sam, alegando que isso é mais
que castigo, é tortura (sou obrigada a concordar com eles). Alguns venceram em
primeira instância e no Estado de Ilinois, onde um preso fez greve de fome, os
outros detentos recorreram e o julgamento foi reaberto. O alimento foi
apresentado a críticos culinários que provaram e constataram que,
indiscutivelmente, a “coisa” é totalmente desprovida de sabor. “Eu queria
sentir qualquer sabor, até se fosse ruim”, disse Jeff Ruby, da revista Chicago.
Mas ele não conseguiu terminar o maldito pão e parece que ficou enjoado e indisposto pelo
resto do dia. Agora, estou eu aqui pensando... O alimento em si nos mantém de
pé, mas não seria o prazer que o paladar nos proporciona que nos mantém vivos e
alegres? Deus nos livre de um castigo desses! Eu morreria, literalmente, de desgosto. </span><i style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Bon appétit.</i></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: 21px; line-height: 24.533334732055664px;"><i><br /></i></span></span><i style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctDhS-qeR0I_yXuSz-KfHX5nQdexUjMf4uXsaJYrTA6eWwFxR9j207FQTSXoNKHNB37tI1VYNiYJDrcXvBhC8ERRVTHEqfeq_SVGGgyAzH1kwGLWNIbJys1XDmBKxpyajINFY-f0rsh8/s1600/nutra-loaf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctDhS-qeR0I_yXuSz-KfHX5nQdexUjMf4uXsaJYrTA6eWwFxR9j207FQTSXoNKHNB37tI1VYNiYJDrcXvBhC8ERRVTHEqfeq_SVGGgyAzH1kwGLWNIbJys1XDmBKxpyajINFY-f0rsh8/s1600/nutra-loaf.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
</i></li>
</ul>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-48119624192214209182014-05-28T10:52:00.001-07:002014-05-28T11:26:20.598-07:00EM DIAS DIFÍCEIS<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">E
as horas não passam, a melhora vem a passinhos tão miúdos... Têm dias tão
difíceis, aqueles quando a doença assola, que o corpo todo doído só quer calma,
cama, cafuné e canja. Feliz daquele que tem com quem contar. Feliz daquele que
tem quem lhe prepare a comida restauradora. Pois, “Cozinhar é o mais privado e
arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte
tempero ou veneno. Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os
outros.” É o destempero do corpo que aniquila o apetite, e gente sem apetite é
gente doente. Pior que isso é ver gente pequena inapetente, criança mirradinha,
caída; sem bochechas rosadas, sem dobrinhas pelo corpo que, por lei divina, tem
que ser roliço... Foram dias difíceis, sem apetites, o de fome e o de vida. </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Aí
se entende e o que se ouve dos mais vividos: “Pra ser feliz, minha filha, basta
ter saúde. O resto não tem pressa”. É. Entendi. Aprendi. É que não se dá muita
bola pra saúde enquanto a doença não amola. Amolar também é afiar e afiar é
melhorar o fio, e isso é bom. Então adoecer deve ter seu lado bom (dizem por aí
que tudo tem seu lado bom, mas tenho cá algumas dúvidas), pelo menos um tem que
ter. E tem, alguns: a doença aproxima ainda mais as pessoas que se gostam. A
doença cutuca a humildade adormecida. Ela nos faz aceitar naturalmente a caridade. A
bendita doença nos obriga a nos entregar aos cuidados do outro. O “eu me basto”
perde as forças e o “eu me entrego” acende a confiança. Isso é humano, é bom. E
tem mais: na doença tem leitinho queimado com canela, tem sopa quente tomada </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">na cama macia e cheirosa; tem cafuné, meia no pé; dá pra
fazer um pouco de manha, chorar um bocadinho que lá vem mais café e carinho... E no
final, agradeça àqueles que te voltaram pro eixo. A gratidão também cura, cura
um bocado das mazelas da vida. Cozinhe para eles! Agora é a sua vez de verter
na comida, o amor recebido. Saúde!<i> Bon appétit!</i></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq7kWfpgnGo9-6D703DLIzqJmRFQ3ITuwzbkxh04hMNVm2JJswPjht1nfXqqhAiCNAAfVXxPvEj4DKuoO7yeUMvRUubftjFVWG7nVdr2Hh-bbUXFYO7D4Xkr3o9KOYqeLGVvQQE73VDx4/s1600/mariage.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq7kWfpgnGo9-6D703DLIzqJmRFQ3ITuwzbkxh04hMNVm2JJswPjht1nfXqqhAiCNAAfVXxPvEj4DKuoO7yeUMvRUubftjFVWG7nVdr2Hh-bbUXFYO7D4Xkr3o9KOYqeLGVvQQE73VDx4/s1600/mariage.png" height="345" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: 21px; line-height: 24.533334732055664px;"><i><br /></i></span></div>
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;"><i></i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;"><i></i></span></div>
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;"><i>
</i></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-64830984203514894612014-04-11T02:04:00.001-07:002014-04-13T22:11:48.712-07:00SANDUICHEZINHO CARO! É DE OURO? <b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><br /></span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Cem dólares, aproximadamente setenta euros, digamos, duzentos e
cinquenta reais por um sanduba, você pagaria? Sanduichezinho caro! É de ouro?
É. Quer dizer, não é, mas tem! As extravagâncias em matéria de ingredientes e
os preços exorbitantes não são nenhuma novidade no mundo da gastronomia. Quando
menos se espera, pimba, lá vem mais uma “gracinha” surpreendente de um chef
estrelado. Desta vez é o bar e restaurante Deca, do luxuoso hotel Ritz-Carlton
de Chigago que está sob os holofotes com o “Zillion dollar grilled cheese”: um
sanduíche preparado com um queijo cheddar de Wisconsin de 40 anos incrustado de
folhas de ouro 24 quilates. Isso mesmo. E a coisa não para por aí: os demais
ingredientes são tão impressionantes quanto. Quer anotar pra fazer o seu?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"> </span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Pão artesanal assado com um azeite de oliva de luxo (Laudemio Marchesi);
presunto Ibérico (porcos espanhóis alimentados de maneira especial e presunto
maturado por pelo menos doze meses) ca-rís-si-mo! Tem mais: tomates da fazenda
da família Ellis (não faço a menor idéia de quem sejam) passados na frigideira
(que deve ser A frigideira, claro) com vinagre balsâmico centenário, sim, de
cem anos! Aioli de trufa branca; foie gras fabricado sei lá onde; ovo de pata
pra coroar o pato, digo, prato. Agora, se o freguês não ficar satisfeito, o
sanduichezinho vem acompanhado de uma tigelinha de massa com queijo </span></b><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">e lagosta, um mimo do restaurante para
o cliente, pode? E eu aqui comendo bauru ou, pra ser chic, um Croque-monsieur de vez em quando com
saladinha verde... Só que amanhã todos os sandubas, os folheados a ouro e os
outros que de brilho só têm a manteiga, tornar-se-ão igualmente orgânicos. <i>Bon
appétit.</i></span></b><br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMV9xC3-Py4z1h4Y_HmWOKyg6P8NC7cz5Q1uzhcBnnEDvvcI201KZvRKUL5tvqYKlOgC0bplDdtwbQwZjHyGoXoqX0XxGLFVR3VG8MRUBZR_X5GZz2LbypMXrFOmjOkImIZ1VR7mFInEs/s1600/sandwich-au-cheddar-incruste-d-or-ritz-carlton-chicago_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMV9xC3-Py4z1h4Y_HmWOKyg6P8NC7cz5Q1uzhcBnnEDvvcI201KZvRKUL5tvqYKlOgC0bplDdtwbQwZjHyGoXoqX0XxGLFVR3VG8MRUBZR_X5GZz2LbypMXrFOmjOkImIZ1VR7mFInEs/s1600/sandwich-au-cheddar-incruste-d-or-ritz-carlton-chicago_.jpg" height="142" width="320" /></a></span></b></div>
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">
</span></b>Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-39617250266687798742014-03-21T09:50:00.001-07:002014-03-21T09:54:56.841-07:00QUERIA IR... PRA ONDE SÓ HOUVESSE OUTONO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0L2ckCxTJbIzIQkUoBz0ZqB30G0Thus5kQl26tGory3H7Va1km3BtG1RD2yl6icNyAgBmpvcoII3cnpoTPsYncmqt4h1ACksLGS3JKPfshHGWMQaQDSqCAA-IQdrnAceASv6WhUP80AM/s1600/Outono-Foto-um-632x436.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0L2ckCxTJbIzIQkUoBz0ZqB30G0Thus5kQl26tGory3H7Va1km3BtG1RD2yl6icNyAgBmpvcoII3cnpoTPsYncmqt4h1ACksLGS3JKPfshHGWMQaQDSqCAA-IQdrnAceASv6WhUP80AM/s1600/Outono-Foto-um-632x436.jpg" height="220" width="320" /></a></div>
<span style="color: #4e5665; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<span style="color: #4e5665; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“Caem as folhas/ tontas de sono/ e pelo ar voando vão/ à procura do
re</span><span style="color: #4e5665; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%;">gaço/ morno do outono/ ou de algum coração.” As palavras são de Antônio
Simões, certamente mais um tonto pelo outono, caído de amores por essa
estação... E cá estou eu de novo, como sempre, sempre em março, homenageando as
águas que encerram o verão. Graças a Deus. É o outono dando o ar da graça. Tem
cheiro de folha no ar; cheiro de folha amassada no chão; as cores começam a mudar;
é promessa de vida em seu/meu coração- alguém já disse isso em canto, estou
plagiando porque gosto, porque é bem dito, então bendito seja quem disse,
porque é verdade! É chegada a hora do equilíbrio. O corpo quer o morno, nem o
quente nem o frio; a alma quer o manso, o descanso... É chegada a hora de comer
frutas, fruta madura assada, morninha; hora de bolo com castanhas; de chá, de
café com conhaque; hora do “leitinho queimado” pra curar qualquer resfriado; </span><span style="color: #4e5665; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">é agora a hora do cravo, da canela, do açafrão, essas coisas que, quando
escorregam goela abaixo aquecem o peito e amolecem o coração, você sabe. As
coisas mudam no outono, muitas vezes não se vê, mas elas viram outras; o outono
é discreto, não faz alarde pra virar tudo pelo avesso, que é seu lado certo.
Queria ir pra onde só houvesse outono... Não dá, sei. Melhor parar de delirar.
Cozinhar faz bem e é um meio de viajar, de ir pra o lugar que se quer, que
sequer existe. Faça o bolo outonal que leva: 6 ovos, 300gr de açúcar, 50ml de
óleo, 250gr de farinha de trigo, 1 colher (chá) de fermento em pó, 1 colher
(café) de fermento em pó e a mesma medida de bicarbonato de sódio, 1 colher
(chá) de canela, 1 maçã cortada bem fininha, nozes e amêndoas picadas
grosseiramente. Faça assim: bata os ovos com o açúcar até obter uma mistura
lisa e esbranquiçada. Junte o óleo e misture bem. Coloque a farinha, o
fermento, a canela e o bicarbonato. Misture. Junte as nozes e as amêndoas.
Verta tudo em forma untada e enfarinhada. Leve ao forno já aquecido até ficar
bem douradinho. Sirva morno e se for decorado </span><span style="background-color: #fafbfb; color: #4e5665; font-size: 16pt; text-align: justify;">com “folhas” fica divino! Um jeito
prático e bonito é colocar sobre o bolo, várias folhas de louro e salpicar (com
uma peneirinha bem fina) açúcar de confeiteiro, depois retire as folhas com
cuidado e deleite-se com o resultado. </span><i style="background-color: #fafbfb; color: #4e5665; font-size: 16pt; text-align: justify;">Bon
appétit.</i><br />
<div class="MsoNormal" style="background: #FAFBFB; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.55pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggSpdtZHbMuWfABCkJn81DgiGx_mPiTFtrp3N6LZ4FWEgUBQfRgbU6DCOsjdGr5apdaTqCAxplTBWAZmXRk8_eLvdgFmR-WXLWuXZfqduHQTmzv8NCLcZGlNJnm1tRXOf7ghgLpZf-IXY/s1600/bolo+outono.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggSpdtZHbMuWfABCkJn81DgiGx_mPiTFtrp3N6LZ4FWEgUBQfRgbU6DCOsjdGr5apdaTqCAxplTBWAZmXRk8_eLvdgFmR-WXLWuXZfqduHQTmzv8NCLcZGlNJnm1tRXOf7ghgLpZf-IXY/s1600/bolo+outono.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-33558707160012519622014-03-19T23:54:00.000-07:002014-03-20T00:31:47.082-07:00LINDO, GOSTOSO... PELADO!<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A
coisa vem crescendo de 2013 pra cá. O que parecia ser só uma “tendência” (não
sou fã dessa palavrinha besta, mas ela se encaixa perfeitamente aqui), uma moda
passageira, emplacou de vez. Lindo, gostoso e já vem peladinho, com tudo à
mostra! E mais: o que seria descoberto só na boca, agora pode ser comido,
antes, com os olhos... Diga adeus à roupagem desnecessária, ao convencional e
ao perfeitinho! Louvada seja a beleza imperfeita, original e cheia de graça do <i>Naked Cake</i>! Alguns dizem que ele nasceu
nos Estados-Unidos, outros afirmam que ele é inglês, e quem se importa? O fato
é que ele é irresistível! Pois é, estou falando do <i>Bolo Pelado, </i>aquele sem máscara, que intercala camadas de pão-de-ló
fofinho com recheio abundante e tentador! Como se não bastasse, nosso peladinho
vem decorado com frutas frescas, </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">florezinhas comestíveis e polvilhado com uma fina camada de
açúcar de confeiteiro pra dar um charme a mais. Existem centenas de maneiras de
se confeccionar um “bolo nu”. O sabor, tanto da massa quanto do recheio, vai do
gosto do freguês: o popular bolo de abacaxi com coco; o suave pão-de-ló de
laranja; o sofisticado bolo de nozes; o imbatível bolo de café com doce de
leite... O que vale é a criatividade, a delicadeza e o bom-gosto do confeiteiro
na hora de montar as camadas... Semana passada foi meu aniversário. Ganhei um
naked cake de dois amigos queridos (eles fizeram!), pra minha festa surpresa: chocolate & frutas vermelhas. Bonito e escandalosamente gostoso! Outros amigos também cozinharam
para mim, fui mimada até dizer chega! Naquela noite, éramos todos bolos nus,
estávamos com os corações à mostra! </span><span style="font-family: Wingdings; font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">J</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTKgDrahUmznSmJt8X2rzvK32RGgi42SduMftV3DDTVEGfkOMDC_ajdz-yvOTlHt92ITabKnkoSB1EgkIN8OlmbsNCYYHgHKA2vVzSe_IV8MRrvVFUioO27woRToM_wtPA3puMI2KVtY/s1600/gateau3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTKgDrahUmznSmJt8X2rzvK32RGgi42SduMftV3DDTVEGfkOMDC_ajdz-yvOTlHt92ITabKnkoSB1EgkIN8OlmbsNCYYHgHKA2vVzSe_IV8MRrvVFUioO27woRToM_wtPA3puMI2KVtY/s1600/gateau3.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-78236644168319086602014-03-09T23:11:00.001-07:002014-03-10T22:59:34.325-07:00ELA BEBE... ELE COME.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnSKFhWvxJRTwDKzcsMK4ecaeDLLdwyX7KQzkXo9muo4CJyUgmuluVzR8b8wgHVmcNdg4czHjG-G4PQwOjRPNVBapCAMZxtWIkCW1x_mZeMkDeMUH1uPRQJAitJ_Wv3CoqlqRmeAPCzDU/s1600/vin+rouge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnSKFhWvxJRTwDKzcsMK4ecaeDLLdwyX7KQzkXo9muo4CJyUgmuluVzR8b8wgHVmcNdg4czHjG-G4PQwOjRPNVBapCAMZxtWIkCW1x_mZeMkDeMUH1uPRQJAitJ_Wv3CoqlqRmeAPCzDU/s1600/vin+rouge.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Acabei
de ver, ou melhor, ler a postagem de uma amiga em uma rede social, intitulada
“Interessante”. Vou tentar resumir. A tal reportagem dizia que um estudo
realizado com 800 mulheres que responderam uma série de perguntas relacionadas
ao consumo de vinho e à rotina sexual delas, comprova que a bebida em questão
serve como ativador do desejo sexual feminino. É, a bebida aumenta a libido se
a mulherada consumir uma ou duas taças de vinho tinto diariamente. Atenção: a
libido aumenta, mas isso não que dizer que a qualidade e a quantidade de </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">orgasmos
também aumentem na hora do rala-e-rola. Ou seja, se você, cara leitora, fizer
tudo direitinho, vai ficar cheinha de desejo, mas é só! Melhor assim. Imagine
se a coisa fosse completa: aquela senhora, apreciadora de um bom tinto, mas
recatadíssima, tendo orgasmos múltiplos em pleno jantar em família? (Ah... Isso
sim é que seria “Interessante”). Voltemos à nossa reportagem, que não é
desinteressante, mas também não nos presenteia com nenhuma descoberta inédita
no campo da nossa complexa sexualidade. Não sou pesquisadora nessa área, mas
sou mulher e posso afirmar que os resultados seriam idênticos </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">com
as consumidoras de champagne, vodka, uísque, saquê ou outra bebidinha com teor
alcoólico suficiente pra soltar as amarras de uma possível inibição, que é da
natureza feminina. E digo mais: se a companhia for de qualidade, até chá-mate,
café, coca-cola, suco, água, podem aumentar nossa libido. E sem pesquisa
garanto que, quando duas pessoas estão em sintonia, os corpos- que muitas vezes
parecem agir sozinhos- se atraem naturalmente, instintivamente,
independentemente... Aí a coisa flui, flui com qualquer líquido, flui... Conclusão: </span><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%; text-align: justify;">você bebe, ele come, ambos se divertem e ficam felizes. Nenhuma novidade. Até nossas avós sabem
disso. Mais
uma coisa: vê se faz uma comidinha simpática pra depois, afinal vai ser necessário e o prazer provocado pelas papilas beira aquele outro. <i>Bon appétit!</i></span><br />
<!--EndFragment-->Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-6463409186433308902013-11-13T21:09:00.000-08:002014-03-20T00:41:03.291-07:00PARIS INSPIRAPode até parecer snob da minha parte, mas o que parece não me incomoda tanto, então lá vai: Paris me faz falta! Faz-me falta porque me inspira. Posso aguentar um ano (até dois, vai) sem respirar os ares da capital francesa, porém mais que isso, beira ao sacrifício, e sacrifícios, na minha idade, não faço mais. Paris pulsa. É o coração por onde tudo passa, e só depois a coisa é esparramada pelas veias da Europa. É esse pulsar vibrante que inspira intelectuais, escritores, profissionais da moda, arquitetos, historiadores, cineastas, artistas de um modo geral e de todo modo... Paris inspira gente comum, o visitante curioso de primeira viagem, o casal apaixonado em lua-de-mel, o casal desapaixonado tentando uma lua, mais uma vez, quem sabe... Paris inspira gente sã e gente doida. Ela inspira-nos a fazer a coisa certa e a errada com a mesma cara lavada (aliás, certo e errado, gente sã e gente doida em Paris são quase a mesma coisa, mas isso é outra história). Voltemos pra nossa (ins)piração. Paris inspira a andar a pé, a observar por observar; a vestir-se com liberdade e a andar descabelado ou a vestir-se com glamour (e continuar descabelado). Paris inspira a beijar de língua na rua, pouco importa o beijado; a passear na chuva e, inevitavelmente, escorregar e- quase- levar um tombo cinematográfico tem lá seu encanto, estamos em Paris, ora! Paris empurra a gente pra frente e pra cima e ali, na beira do Sena, somos quase imortais, pode apostar! Paris, com seus milhares de Cafés com mesinhas e cadeiras diminutas nas calçadas, inspira-nos a pedir um café bem quente e a esperar esfriar antes de tomar (nem me pergunte por que). Paris debocha das coisas politicamente corretas e ri das outras e, acredite, fumante em Paris é merecedor de respeito. E quem fuma, você sabe, bebe, logo, beber em Paris faz parte do roteiro. E comer, ah comer... Esqueça a neura dos regimes e lambuze-se com os molhos franceses à base de crème fraîche (creme de leite fresco) e outras delícias preparadas com manteiga, muiiiita manteiga! E nem pense em medir a desgraçada da glicose depois de uma visitinha a uma pâtisserie, ou vão te internar de chofre! Entregue-se ao deleite dos jardins parisienses, dos mercados, das feiras de rua... E vai aqui um conselho: coma a baguette de pain, dourada e crocantíssima todo santo dia, até ferir o céu da boca (você vai morrer de saudade quando voltar pra casa). P.S.: Quando voltar de viagem e for desfazer as malas, abra-as bem devagar, feche os olhos, inspire fundo... O cheiro de Paris estará no ar. Eu choro. Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-88813585079348842372013-06-07T20:22:00.001-07:002013-06-12T14:36:05.129-07:00DOÇURA SEM PRECONCEITO<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt;">Não sei se o que acabo de ler é novidade. Pra mim é. Definitivamente minha criatividade é rasa demais pra imaginar as modas que ainda estão pra inventar no mundo culinário. Li que uma doceria britânica está causando o maior alvoroço ao oferecer um tipo novo de chocolate: o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Edible Anus,</i> uma iguaria moldada a partir do ânus de uma modelo; em tradução livre: ânus comestível. A guloseima é vendida em caixas com até dez unidades e pasmem, tem até um modelito do docinho, feito em prata, que pode ser comprado na loja (ainda não faço ideia da serventia de uma peça dessas, mas isso é outra história). Tem mais: o produto pode ser entregue em qualquer parte do mundo. Conclusão: ninguém precisa mais fazer “cu doce”, agora é só encomendar, esperar um bocadinho e pronto. Segundo a empresa, o bombom “pode dissolver tabus culturais de gênero, classe e orientação sexual, e espalhar a alegria de ensinar ao mundo a amar o ânus.” E tem alguém que não ama seu próprio? Voltemos ao que interessa: o lado cu-linário da coisa. A doçura é feita com “ingredientes naturais” (resta saber quais) e chocolate belga. Tem, digamos assim, <em>cuzinho </em>para todos os gostos: o de chocolate amargo, o de chocolate ao leite, e o branquinho. E de acordo com alguns comedores de-você-já-sabe-o-quê, a experiência de saborear o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">chocolatânus</i> foi suculenta e inesquecível. Gosto você já sabe: cada um tem o seu. O Dia dos Namorados está chegando, se tiver vontade, não se prive, faça seu pedido e divirta-se! Afinal, nessa data, a velha caixinha vermelha recheada com mimosos corações de chocolate, é pra lá de previsível. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bon appétit.</i>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4uZULZUW_201GoaeC4HPKfm0-mIWDtQ8bP8yjbu795pSNHRayp4TTC2IO9SlPoGFJfjn-1mwpuHpO1l4UwS9QjtFzE_fYfzIru0UIyfkx4c77tTslEWkAQmanMEL_rbZjt752nPYy8zI/s1600/chocolat%C3%A2nus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4uZULZUW_201GoaeC4HPKfm0-mIWDtQ8bP8yjbu795pSNHRayp4TTC2IO9SlPoGFJfjn-1mwpuHpO1l4UwS9QjtFzE_fYfzIru0UIyfkx4c77tTslEWkAQmanMEL_rbZjt752nPYy8zI/s320/chocolat%C3%A2nus.jpg" width="320" yya="true" /></a></div>
<o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-87046507685266556312012-12-17T08:47:00.001-08:002013-05-13T00:01:24.255-07:00OUTRO RECOMEÇO 30 de dezembro. Nono dia depois do “fim”. Talvez você seja um dos poucos sobreviventes ao fatídico 21. Então lá vai: “Penúltimo dia do ano: dá a impressão de que vai haver uma grande mudança nas próximas horas, mas é apenas a vida seguindo seu curso e realizando a mágica de criar expectativas. Não é preciso ter pressa, mas aconselha-se não perder tempo... A pressa serve para concluir; o tempo, para desenvolver. A pressa atropela, o tempo desliza. A pressa é cega, o tempo enxerga longe. A pressa esconde, o tempo mostra. A pressa esfria, o tempo aquece...” As palavras são da Martha Medeiros e a ideia original é de José Saramago: “Não ter pressa não é incompatível com não perder tempo.” E a minha intenção é dizer que temos que fazer o que sempre fizemos, o tempo todo, todo o tempo: recomeçar mais uma vez. E já não está de bom tamanho? O grande final não me assusta; conviver com as muidezas, sim. Em ambos os casos, o ingrediente principal é a coragem. E quer saber, coragem me lembra o povo forte da Bretanha francesa e a especialidade dessa região bonita no extremo oeste da França: o <em>Far Breton</em>, uma espécie de bolo macio pra comer como sobremesa ou na hora do lanche (ou as três da madruga no meio da insônia). Um dos bolos mais saborosos que já provei. Não vejo melhor maneira de recomeçar, seja lá qual for o recomeço. Vou te dar minha receita preferida, como presente de fim de ano. Anote: 250g de ameixas secas sem caroço, 4 colheres de sopa de rum, 5 de farinha de trigo (bem cheias), 3 de açúcar, ½ colher de café de sal, 3 ovos, ½ litro de leite quente, 30g de manteiga (para untar). Coloque as ameixas para macerar no rum algumas horas antes de começar a preparar o far. Preaqueça o forno a 200 graus. Na tigela da batedeira misture a farinha, o sal, o açúcar e os ovos. Junte o leite aquecido e bata tudo até obter uma massa lisa e fluida. Desligue. Junte as ameixas (com o rum da maceração) e misture levemente. Unte um refratário (bonito!) e despeje a massa. Coloque no forno por aproximadamente uma hora (reduza a temperatura depois de 30 minutos). Sirva o far ainda morno no próprio refratário. Recomeço mais reconfortante que esse, não há. Feliz 2013 (estou apostando nisso!) e <em>bon appétit</em> sempre!<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwngDOxVNI_8Yk4qmwskODY3j_NdnmKFucK1J7_Gqlc1p-W-CK4AShVyfuZgJrz_-ZNW_SU9SWEycwyC1k2xZxDlRqpdKg2q7NZ-BCQMORCjoEr9HYpXnyjNKvqal8e3ZFYEya_EvlGg/s1600/Far-breton.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" eea="true" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwngDOxVNI_8Yk4qmwskODY3j_NdnmKFucK1J7_Gqlc1p-W-CK4AShVyfuZgJrz_-ZNW_SU9SWEycwyC1k2xZxDlRqpdKg2q7NZ-BCQMORCjoEr9HYpXnyjNKvqal8e3ZFYEya_EvlGg/s320/Far-breton.jpg" width="320" /></a></div>
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<br />Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-57229683507364638852012-12-10T14:18:00.001-08:002012-12-14T13:33:41.903-08:00E FOI DADA A LARGADA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUdAhhJnoZ2HgmYsa84XtwSuLRH5KC6O_9POIpqBsPl85S6fWc5YR0SjRw06oZxqn2WPs0gPe4MAI-g73QSdfXJMwp1j1Vve2p-F-zaS-EqoxeQWshgLqH0FAePuw_kQ3W8day8RarbRQ/s1600/frutas+uvas+nevadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img bea="true" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUdAhhJnoZ2HgmYsa84XtwSuLRH5KC6O_9POIpqBsPl85S6fWc5YR0SjRw06oZxqn2WPs0gPe4MAI-g73QSdfXJMwp1j1Vve2p-F-zaS-EqoxeQWshgLqH0FAePuw_kQ3W8day8RarbRQ/s320/frutas+uvas+nevadas.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É dezembro de novo. E foi dada a largada para as festas de fim de ano: confraternizações entre colegas de trabalho; despedida temporária entre professores e alunos; Natal em família e enfim o tão esperado Réveillon entre amigos, namorados, amantes, ficantes ou candidatos a qualquer outro modelito de relacionamento. E dá-lhe amigo-secreto, com lembrancinhas, beijos, abraços, docinhos! Sem mencionar as formaturas e os casamentos aos quais você está intimado... O que essas festas têm em comum? Co-mi-da. Você vai comer, por bem ou por mal, vai ter que provar um tiquinho de cada prato “especial” (ou vai fazer tamanha desfeita?). Prepare-se, a oferta é imensa! Os supermercados já estão abarrotados; os carrinhos lotados; as pessoas, alegres, já sabem que vão se empanturrar de coisas gostosas e se acabar nas bebidas borbulhantes. Já estão todos salivando. É o fim de mais um ano. Demos conta. Escapamos. Ainda estamos vivos. Viva! Aproveite as horas de preparação, aquelas que antecedem a grande comemoração, já que o melhor da festa é esperar por ela, e o pior é ter que comer as sobras, durante dias, depois da comilança desmedida. Pode parecer estranho, mas é a época em que menos tenho apetite e a preguiça de cozinhar dá as caras. Os exageros matam minha vontade e pensar no desperdício enfraquece meus ânimos. Não gosto do peru, de pernas pro ar, pagando o maior mico no centro da mesa natalina; sobre minha mesa festiva nunca teve leitão, assado inteiro, com maçã na boca; cruzes, nunquinha!; frutos do mar só se as águas salgadas estiverem a poucos quilômetros da minha cozinha... Nestes derradeiros dias de 2012, vou caprichar na simplicidade e nos ingredientes. Quem estiver comigo vai comer castanhas, frutas secas, frutas nevadas (não tem como não fazer todo ano, é tão lindo!); bruschettas de queijo brie com damascos e hortelã; compota de cebola e laranja sobre fatias de pão italiano e pão sírio; massa bavette ao sugo com almôndegas de peru e manjericão fresco; arroz para carreteiro com linguiça suína picante e cebola pérola caramelizada com azeite e açúcar mascavo; torta rústica de maçãs, mousse de chocolate meio-amargo; pão de ló de laranja da minha mãe pra coroar o café com Cointreau. Depois é só agradecer as bênçãos. Uma delas é poder comer alegremente e digerir naturalmente, mas são tantas, tantas... Repare. Feliz Natal! <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bon appétit!</i></span><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-82397874373196158692012-12-03T13:08:00.001-08:002014-10-12T21:01:52.769-07:00À ESPERA DA LINGUIÇA DO JACÓ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCpqpLSMx_alnOBesKkDoKS3DvYVcqk2iZl1_Gkjq0DRDQqrmsdQR7AXKGzLQjPutSXhuJETD6AyRo-rT3gzzi400Bq_YA7k0l6bXoxDzFr6so8yx5wWQvxcwIn-uTpmWyCwyafm5qtFg/s1600/couscous-au-poulet-et-raisin-sec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCpqpLSMx_alnOBesKkDoKS3DvYVcqk2iZl1_Gkjq0DRDQqrmsdQR7AXKGzLQjPutSXhuJETD6AyRo-rT3gzzi400Bq_YA7k0l6bXoxDzFr6so8yx5wWQvxcwIn-uTpmWyCwyafm5qtFg/s320/couscous-au-poulet-et-raisin-sec.jpg" height="240" tea="true" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A história é meio confusa, mas vou tentar organizar os fatos. Vamos ver no que vai dar. Tenho uma aluna de francês que é uma graça de pessoa: mignon no tamanho, gigante na gentileza; conversa pouco, mas, no meio do papo, sai com frases cheias de efeitos; ela é natural. Acho mesmo é que ela pensa em voz alta. Outro dia, em sala de aula, falávamos das comidas que fazem parte do cotidiano dos franceses, mas que têm origens diversas. Tudo começou com a origem do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">couscous: </i>uma especialidade dos países muçulmanos da África do Norte, do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Maghreb, </i>à base de sêmola de trigo, caldo de legumes (tomates, abobrinhas, cenouras...) e grão-de-bico, servida com carneiro, ou frango, ou brochettes de cordeiro, ou ainda <i style="mso-bidi-font-style: normal;">saucisses</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">merguez.</i> Expliquei que as <i style="mso-bidi-font-style: normal;">merguez</i> são saborosas linguiças picantes feitas com carne bovina e muito tempero. Acrescentei mais algumas curiosidades e disse que eram minhas favoritas. Foi então que a coisa toda aconteceu. Minha aluna, que já me presenteou com peças fabulosas de filé de boi, um baita carneiro, quis me agradar mais uma vez e soltou: “Então você vai adorar a linguiça do Jacó!”. Gargalhadas em coro, observações dúbias... E lá se foi um pedaço da aula por conta de uma linguiça. Quem se importa com a tal merguez se a linguiça do Jacó é tão boa quanto? Cara amiga, dessa você não escapa, se vira pra nos oferecer a linguiça do Jacó, estamos esperando com água na boca; prometo fazer um acompanhamento à altura e dividir com todo mundo; sou gulosa, mas não sou mesquinha, sei compartilhar o que é bom. Enquanto a linguiça do Jacó não vem fazer as vezes da deliciosa linguiça dos muçulmanos, vamos caprichar no couscous. Os melhores couscous são sempre cozidos com caldo caseiro de legumes; acrescidos de uma boa colherada de manteiga para “soltar” os grãos de trigo; levam muita cebola, grão-de-bico, passas brancas sem sementes, lascas de amêndoas e um tiquinho de água de flor de laranjeira, na hora de servir, para perfumar delicadamente o prato. Faça um frango ao molho pra acompanhar (eu coloco sempre um pouco de canela em pó no final do cozimento) e sirva assim: Coloque a “duna” de couscous em um belo recipiente de cerâmica, no centro da mesa e uma porção de frango ao molho, em uma tigelinha, ao lado de cada conviva. Cada um se serve à vontade. Isso é bom demais! <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bon appétit</i>.</span></span><br />
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<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><em>dezembro de 2012<o:p></o:p></em></span></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-3499971664296544092012-11-19T11:46:00.001-08:002012-11-19T12:20:45.068-08:00MANGULÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6UEl-19UKu7I3gn0vxbfsYwacPp1uReTvML45Zu2GYy8qKmj-YgzFh7CJUzYzJdbUaY1gPoVjpNZH_9Bv4jpqgcvf8Z_kJ4k5myZMxd3V1ub8dg-ZDqTuuBuZQcSvaPWoyGLz7iIDOr8/s1600/MANGUL~1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6UEl-19UKu7I3gn0vxbfsYwacPp1uReTvML45Zu2GYy8qKmj-YgzFh7CJUzYzJdbUaY1gPoVjpNZH_9Bv4jpqgcvf8Z_kJ4k5myZMxd3V1ub8dg-ZDqTuuBuZQcSvaPWoyGLz7iIDOr8/s320/MANGUL~1.JPG" width="258" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Outro dia acordei com saudade dos gostos da minha infância. Mais precisamente do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mangulão</i> que minha mãe fazia pra molecada em alguns fins de semana. Mangulão é uma espécie de bolo rústico, um pão deliciosamente grosseiro, um pudim seco e gigante. Dourado e mais que crocante, quase duro, por fora; macio e puxento por dentro. Dizem que é um bolo de queijo que nasceu no nordeste, pode até ser, já que passei um pedaço da minha meninice no interior da Bahia e foi lá que comi mangulão pela primeira vez. Só sei que é daquelas comidas inesquecíveis- pra matar de vez a fome gulosa- preparadas com poucos ingredientes, que todo mundo tem na despensa de casa: polvilho, óleo, ovos, leite... Fui atrás da cadernetinha de receitas que herdei da minha mãe. Lá estava o que ela chamava de “receita”. Era mais um lembrete dos ingredientes com as medidas em xícara ou copo. Nada de gramas ou modo de preparo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E agora? Quem tem intimidade com a cozinha, que se vire! Vou transcrever <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ipsis litteris</i> o que encontrei nas derradeiras páginas, amareladas e manchadas de óleo, do velho livreto: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mangulão: 4 xícaras de polvilho, 1 xícara de óleo, 2 xícaras de água, 6 ovos, 1 copo de alumínio de leite, 1 pitada de sal. Molha o polvilho com a água e o sal (ponto p/ beiju). Passa na frigideira, amassa com o leite e os ovos. </i>Pronto. Era só o que tinha pra preparar o mangulão. Mas, você sabe, em tempos modernos, quem não tem mais mãe, chora pro Google; e lá fui eu fuçar pra achar um passo a passo mais real do tal bolo. Só encontrei receitas que levam queijo. Testei uma que deu certo. Deu certo, certíssimo, mas nada de matar minha saudade... Fazer o quê, mão de mãe não tem igual. Anote aí: 3 ovos inteiros, 150ml de óleo, 125ml de leite, 250gr de polvilho doce, sal a gosto, 1 colher (sopa) de fermento em pó, 200gr de queijo minas curado ralado. Bata os 5 primeiros ingredientes no liquidificador. Despeje em uma vasilha, junte o fermento e o queijo e misture bem. Verta em forma redonda com furo no meio, untada com óleo. Leve ao forno médio, pré-aquecido, por aproximadamente 40 minutos ou até ficar bem dourado. Sirva quente. Quando esfriar poderá ser aquecido novamente no forno. Lembro-me bem de quase queimar as mucosas, e a casquinha dura espetar o céu da boca; e tudo bem mastigado descia gostosamente com goles mornos de café com leite adoçado. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bon appétit.</i></span><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-60026243528491868162012-11-13T16:17:00.002-08:002014-10-12T21:03:53.985-07:00ROENDO AS UNHAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnjfqj1fcCyJ2pjPgdXggWTA0EK3zq00jBnsgHGkoZMZij5IK48Z5p4OyjloF0EaRdlLQDe0RrJghOH7z3lLfT_Eoe9MiFxlTrp5TJi1PR2W5SFulXXv9_wGvUAHwy6QHkebE6E8Ge-Do/s1600/panelinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnjfqj1fcCyJ2pjPgdXggWTA0EK3zq00jBnsgHGkoZMZij5IK48Z5p4OyjloF0EaRdlLQDe0RrJghOH7z3lLfT_Eoe9MiFxlTrp5TJi1PR2W5SFulXXv9_wGvUAHwy6QHkebE6E8Ge-Do/s320/panelinha.jpg" height="240" rea="true" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Agora sim, estou inclinada a crer no fim dos tempos. Antes nada me fizera acreditar no fatídico 21 de dezembro deste ano, até chegar a Goiânia, capital nacional do pequi... Ali se nasce e se cria com o cheiro forte do pequi nas narinas; come-se antes só o arroz amarelinho, tingido e perfumado pela polpa saborosa do fruto; depois se aprende a roer o perigoso caroço espinhento por dentro; lambem-se os dedos; aí sim, estamos perdidos de paixão por esse alimento tão peculiar. Somos goianos. Somos doidinhos por pequi. Má notícia: o pequi anda escasso por aquelas bandas. Os pequizeiros de Goiás não são mais os mesmos. Não é fofoca nem especulação. Antes fosse. Pior: temos culpa no cartório. É castigo, só pode. O fato é que, com o desmatamento (tudo em nome do progresso, claro!), as araras e outros pássaros famintos estão apelando para as flores dos pequizeiros como fonte de alimento. Os goianos estão roendo as unhas. Não por medo de morrer antes de ver os ares de 2013, mas como viver nesse mundo sem pequi? É nossa personalidade e nosso orgulho que estão em jogo. São marcas de infância, de milhares de pessoas, que se apagarão. Tente explicar pra alguém, que jamais provou a polpa carnuda do pequi, seu gosto marcante, singular e viciante. Impossível. Pra saber tem que roer. Roer até amarelar as pontas dos dedos e tingir os dentes. Pescar os últimos caroços no fundo da panela e roer. Roer. E que Deus nos perdoe pela gula e pelo arroto. Faça a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Panelinha goiana,</i> pra matar a saudade de Goiás. Use 1 copo e ½ de arroz, óleo para refogar, 150gr de costelinha de porco em pedaços pequenos, 150gr de peito de frango em cubos, 150gr de linguiça caseira picada, 1 espiga de milho verde (retire os grãos do sabugo com faca afiada), 3 colheres de palmito picado, algumas fatias de queijo coalho, alho, cebola, sal, pimenta verde, pimenta de cheiro e cheiro verde a gosto. Refogue as carnes começando pela costelinha até dourar. Retire o excesso de óleo se necessário. Coloque os temperos (menos o cheiro verde) e refogue mais um pouco. Junte o palmito e o milho. Acrescente o arroz e refogue bem. Coloque água até cobrir o arroz e cozinhe em fogo brando. Quando o arroz secar, cubra-o com as fatias de queijo. Decore com rodelas de palmito ou com cheiro verde. Abafe e sirva em seguida. É, sei, nessa receita não tem pequi. Melhor se acostumar, vai que... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bon appétit.</i></span><o:p></o:p></span></div>
Elma Rioshttp://www.blogger.com/profile/01416459012500219326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2854368153271842096.post-25557932803949118592012-11-06T17:20:00.001-08:002012-11-13T10:56:00.596-08:00TEMPERAMENTO ARDIDOA frase, atribuída à senhora Lispector na página 73 da revista <em>diVino Sabores</em> (Edição 34) , é: “No meu temperamento tem um pouco de pimenta: não é todo mundo que gosta, nem todo mundo que aguenta.” Duvidei. Fui atrás. Achei: “No meu temperamento vai um pouco de pimenta. Não é todo mundo que gosta, não é todo mundo que aguenta.” De Pedro Pondé. E agora? A frase, ordinária e direta, está mais para Pondé que para Clarice. E até poderia ser minha, sua ou de qualquer outro mortal que assuma seu temperamento ardido. São os dissabores da Internet, da informação compacta e rápida, sem fonte límpida. Quem se importa? É o Google engolindo os livros, o micro-ondas tomando o lugar do velho forno caseiro. É a pressa. Ganhar tempo é a meta. Não ter tempo é chique. Tê-lo é quase vergonhoso. Será que dá pra fazer poupança de tempo? Ganhar agora e já, pra gastar depois, quando se estiver gagá? Corrida insana... Isso não é pra mim. <em>Bora</em> falar de pimenta que é mais a minha cara. Saiba que a pimenta é o segundo tempero mais usado no mundo (o sal é o primeiro). Mas a história da pimenta-do-reino é particularmente especial. Natural da Índia, esse grãozinho redondo e ardido tem três variações comercializadas: a preta, a branca e a verde. Para se ter a pimenta verde, os cachinhos devem ser colhidos antes do amadurecimento total e os grãos são colocados em salmoura, em vinagre ou em azeite, para conservar seu frescor, e são sempre utilizados inteiros nos preparos. Herbácea, ácida, fresca e picante, a pimenta verde é um show de tempero! Aqui vai uma receita clássica da cozinha francesa: o <em>Steak au Poivre</em> (Medalhão de filé com Pimenta verde). Bom demais quando bem feito. Para 2 pessoas: tempere 2 medalhões com um pouco de sal e pimenta preta moída na hora. Numa frigideira de fundo grosso, aqueça 1 colher de manteiga e 1 de azeite e sele os filés dos dois lados. Reserve a carne coberta com papel alumínio. Na mesma frigideira, coloque 3 colheres de manteiga e 3 de azeite, 1 cebola picada, ½ cenoura picadinha, 1 dente de alho amassado e 1 tomate maduro sem pele cortado em cubos. Refogue bem. Junte 1 colher de pimenta verde e pressione-as com o dorso de uma colher. Mexa. Retire do fogo e coloque ½ xícara de vinho tinto seco. Misture bem. Volte ao fogo (baixo) até o álcool evaporar. Enquanto isso dissolva 1 colher rasa de amido de milho em uma xícara de caldo de carne e verta na panela. Ferva até reduzir à metade. Coloque os filés, mais 1 colher de pimenta verde e cozinhe por alguns minutos. Sirva os filés sem os legumes (tomate, cenoura...), só com o molho e as pimentas. <em>Bon appétit.</em><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdP-qGt6eluxsm-27hhaRy6frTtRf___Jyfnh-lYMgrx9UlKXP0JAjcOEJw8hLweYEQNzALdQvdCgxePWkgXpJ4gupc5TgcWgi4kz3Wd5TriMQwsenHLgGTg8YWMVnMwZtjAGxbiWczyI/s1600/steak+poivert.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdP-qGt6eluxsm-27hhaRy6frTtRf___Jyfnh-lYMgrx9UlKXP0JAjcOEJw8hLweYEQNzALdQvdCgxePWkgXpJ4gupc5TgcWgi4kz3Wd5TriMQwsenHLgGTg8YWMVnMwZtjAGxbiWczyI/s320/steak+poivert.jpg" width="320" /></a></div>
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