terça-feira, 11 de setembro de 2012

MAS QUE CALOR ÔÔÔ ÔÔÔ

Calma aí, não vou falar do calor infernal de Cuiabá que é de cozinhar os miolos: miolo de gente, de bicho, de fruta... Mas parece que daqui não saio, daqui ninguém me tira, então é aqui que me derreto, calada. Assunto encerrado. Vou é falar de desejo de frescor. Ultimamente ando com vontade de almoçar sorvete, merendar sorvete, jantar sorvete. Pode até parecer coisa simples, já que a iguaria não está escassa na cidade. Mas, o que eu quero, vraiment, são os sorvetes Berthillon, sentatinha à beira do rio Seine, você sabe onde (mas não vou contar com quem). Minha vontade pode parecer esnobe, mas não me julgue antes de lamber um, chupar alguns ou comer um Berthillon- os franceses usam o verbo manger (comer) para sorvetes, gosto disso (pelo menos é melhor que ‘tomar’, que lembra remédio). A propósito, a parte ‘sentatinha à beira do rio Seine’ é esnobismo mesmo, mas complementa o prazer, então faz parte do meu desejo; é a moldura do meu quadro. A Maison Berthillon foi fundada em 1954, bem no coração da Île de la Cité, em Paris. Desde então os sorvetes e os sorbets (sorvete à base de água) são fabricados artesanalmente e servidos pela própria família. São, sei lá, uns 70 sabores e pelo menos 30 estão no menu do dia, o que beira o consumo de mil litros de sorvete diariamente. Berthillon está entre os dez melhores glaciers do mundo e não é à toa: na composição da base das delícias só entra produto natural, de primeiríssima qualidade (leite, nata, ovos, água mineral...), nada de conservantes, corantes, acidulantes e outras porcariantes... Inteirar-se da saga dos Berthillon é tão tentador quanto saborear o que eu considero uma das melhores invenções do homem sobre a terra. Quando degusto um Berthillon, rezo e agradeço a Deus minha visão preguiçosa, meu olfato apurado, meu tato intacto, meu paladar aguçado e até minha audição lerda quando ouço o crac da casquinha doce... Há mais de meio século, a especialidade da casa é o sorbet de morangos silvestres. Minha perdição, porém, é o sorvete de baunilha. Mas é agora e já que você quer uma receita geladinha, certo? Lá vai: Bata no processador 500ml de iogurte grego com 250gr de qualquer fruta vermelha (morangos, amoras, framboesas... O importante é que estejam congeladas!) e mel a gosto (2 colheres de sopa devem bastar). Leve ao freezer por algumas horas. Não é nenhum Berthillon, mas é de lamber os beiços, os dedos, a tigela. Bon appétit!

2 comentários:

  1. Ois..tô de férias em Cuiabá qse morrendo de tanto calor..ehhee e já que tive que extrair um dente siso ontem, to adorando me alimentar de sorvete a toda hora.. Já que ainda não tem essa tal de Berthillon por aqui vou tentar fazer esta sua receita geladinha..:P
    Bjins,
    Luiza Goulart

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  2. Salut Luiza,
    E dá-lhe sorvete pra sarar o buraquinho que ficou, refrescar o corpo e curtir o sabor!!!
    Bises
    Elma

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