terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CHRISTOPHE MICHALAK



Valha-me Deus, tem muita gente talentosa metendo a colher nas caçarolas das cozinhas desse mundo... Falar de um em particular seria cometer uma tremenda injustiça... Fazer o que? Estou ciente do pecado. Lá vai. Conhecido como o As dos As da pâtisserie, o Rambo do chocolate, o Bruce Lee dos ovos, o Casanova do açúcar e o Mágico de Oz do creme (sem falar que o cara é um bombom!!), Christophe Michalak cria verdadeiras obras de arte a partir de ingredientes relativamente simples... De família italiana rigorosa, desde criança sonhava em ser desenhista. Como não conseguiu entrar para a Escola de Belas Artes em Paris (Deus sabe o que faz!), começou a trabalhar como aprendiz de confeiteiro por mero acaso (se bem que não creio nessa balela de acaso). Em uma de suas entrevistas ele diz: “Aos 15 anos tive uma luz, compreendi que a gente pode dar muita felicidade com pouca coisa. Não dá para ser confeiteiro sem ser generoso e guloso; minha profissão permite que me expresse através das minhas criações; o desejo de dar prazer aos outros me venceu.” O que é a gastronomia senão esse estranho desejo de dar prazer? Essa enorme vontade de satisfazer... É procurar (e quase achar) o tal do ponto G nas papilas; é dar alegria; é gozar com o prazer do outro... Em outra entrevista, nosso homem declarou: “Visto meus doces como faria um grande costureiro com suas mulheres; o belo e o bom são inseparáveis!”
Desde 2000, depois de estagiar em grandes confeitarias de Londres, Bruxelas, Tókio, Nova York, é em Paris que nosso gênio do doce põe a mão na massa e em 2005 vence o Championnat du monde de la pâtisserie. Ser o superman era outro sonho de infância e ele não esperou nada cair do céu: “ No dia em que parei de esperar, realizei meus sonhos.” Coragem, determinação e disciplina deram cor, sabor e consistência à vida de um menino que só era... doidinho por flans!
No seu livro C’est du gâteau, você vai se deliciar com os toques desse herói que transforma qualquer receitinha banal em uma sobremesa... Michalak!!! Você não perde por experimentar! O cara, digo, o livro é uma gostosura!
Bon appétit!

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