segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

NAS NUVENS



Eu me emociono “facin facin”; muito mais fácil que a maioria das pessoas “equilibradas” que acham tudo normal e quase nunca perdem o fôlego diante de uma situação extraordinária. Dessa gente quero distância. Elas não me faltam- não as pessoas, as situações que me emocionam- e temperam meu cotidiano.
O fato é que neste sábado, vinte de fevereiro, depois de tantos embarques e desembarques relativamente parecidos que já fiz pelos aeroportos desse mundão de Deus (gosto mesmo de aeroportos; toda essa gente que parte, que chega; gente que chora, dá piti, que se beija, se despede, que recebe de braços abertos; que lê, que come sem fome; um vai-e-vem sem sentido, mas que é bonito, é.), fiz um voo curtinho, um Goiânia-Brasília que não teria a menor graça, o menor sabor não fosse o fato de estar no comando, uma mulher (ok, ok, pode até não parecer tão extraordinário assim, mas foi; e me emocionei, fazer o quê?!). Não deixei por menos, chamei o comissário, confirmei que se tratava de uma e não um e me convidei, decidida e descaradamente a conhecer a moça. A Comte. Lebourg é uma mulher miúda- se bem que muitas ficam miúdas se comparadas a mim- de sorriso largo e olhar brilhante, mais que bonita, simpaticíssima! Foi um encontro breve, mas recheado de energia boa, de muita admiração. Me senti nas nuvens. E em segundos de conversa, pipoquei minha pergunta predileta: “O que você mais gosta de comer?” E na mesma velocidade, nem pestanejou: “Omelete de sardinha.” Fiquei fã da moça pela simplicidade e espontaneidade da resposta. E se eu fosse a Helena Rizzo, a Chef que assina o cardápio desta companhia aérea que dispensa elogios TAManho é seu prestígio, incluiria no menu da empresa, a omelete fofinha de sardinha, só pra homenagear aquela que nos leva às nuvens...
Ontem fui salvar, mais uma vez, meu amigo JP de mais uma de suas ressacas. Contei a história, partilhei minha emoção, rimos muito e adivinhe o que fiz pra ele comer? Pois é. Agora é a sua vez. Providencie 4 ovos (separados), 1 colh. de sopa de farinha de trigo (opcional), 2 colh. de sopa de manteiga, 1 pitadinha de sal e pimenta-do-reino moída na hora. Para o recheio, ½ cebola grande bem picada, 1 lata de sardinha em molho de tomate (amassada com garfo), 1 colher de milho verde ou ervilhas em conserva (opcional). Bata as claras na batedeira (velocidade máxima) por 5 minutos. Junte as gemas e bata mais um pouquinho. Acrescente a farinha já peneirada. Misture bem. Em uma frigideira, derreta metade da manteiga, coloque metade dos ovos batidos e deixe fritar até desgrudar da frigideira. Por cima coloque o recheio e feche a omelete dando um formato de meia-lua. Repita a operação para a segunda omelete e viaje no sabor!
Bon appétit!

3 comentários:

  1. adoreii, gosto muito de omelete, vou fazer.

    bjosss...

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  2. Oh Elma! Que carinho... como nao se emocionar, se inflar, crescer diante de tanta generosidade. Linda tua pergunta, tua abordagem, e tbem a identificacao com a espontaneidade da moca miuda. Obrigado por dividir e fazer render a delicia desses momentos tao humanos. Abracao!

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