terça-feira, 27 de setembro de 2011

VIN AIGRE

Ao líquido ácido obtido através da oxidação do etanol encontrado em bebidas alcoólicas, deu-se o nome de vinagre. A palavra ‘vinagre’ vem da palavra francesa ‘vinaigre’ que por sua vez vem da junção de duas outras: vin (vinho) e aigre (ácido). O vinagre comum, de consumo popular é produzido a partir de diversos líquidos com teor alcoólico, como os vinhos, a cidra, as bebidas de arroz... É um processo cuidadoso de fermentação e é certamente um produto presente em quase todas as cozinhas do mundo. Porém, meu xodó é o vinagre balsâmico, que reina absoluto na minha cozinha. O vinagre balsâmico é um produto distinto, singular. As características aromáticas adquiridas durante o processo de elaboração fazem dele, único. Sua história começa na região de Modena, na Itália, onde se produz vinhos com baixa graduação alcoólica, ideais para a produção do vinagre. O vinagre balsâmico nasce da fermentação alcoólica e acética do mosto da uva Trebbiano, cozido em fogo direto até que o volume inicial do mosto seja reduzido a 20 ou 30%. É aqui que a coisa começa a ficar doce... A parafernália para a elaboração do balsâmico é fenomenal e eu pouco sei sobre as etapas da ‘gestação’ desse refinado condimento. Mas sei muito bem o que fazer com ele depois de prontinho, pode apostar! Semana passada, um amigo me presenteou com o tradicional balsâmico de Modena, com aroma de figo, da conceituada Oliviers & Co. Divinamente delicioso! Negro, encorpado, denso, cheiroso, ácido sem passar do ponto, doce como tem que ser e cheio de personalidade (ainda é do balsâmico que estou falando, juro). Provei puro (quando muito envelhecido é consumido sozinho no final da refeição, em uma colher de porcelana, como elixir ou digestivo); com salada verde, com salada de quatro tomates; com frango, com carne de porco; com morangos e como calda para sorvete de creme... Impossível errar com um condimento desses! Nem preciso dizer que o vinagre balsâmico, esse caramelo dos deuses, contém antioxidantes e flavonóides, que nos mantêm jovens e protegidos contra os males do coração. Procure saber mais sobre sua incrível história e apaixone-se! Afinal, tudo indica que apaixonar-se também é um santo remédio... Bon appétit!

2 comentários:

  1. Aqui em casa usamos um vinagre caseiro feito do vinho. Costume do meu pai, que tem o hábito de beber o vinagre depois de consumir a salada, (quase) invariavelmente de Alface Americana. Criado na roça e produzindo o vinho em casa, à moda italiana, conforme a tradição da família, ele não abre mão de fazer o próprio vinagre, a partir do vinho suave mantido em garrafões com certa quantidade de açúcar. Além de delicioso, o vinagre me parece o maior responsável pela invejável saúde dele aos 83 anos.

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  2. Com certeza! E eu adoraria provar o vinagre da família!
    Bjos Loreci

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