sexta-feira, 10 de setembro de 2010

HORS D'OEUVRES (2)



Ou “primeiras cócegas e mordidelas”, segundo Isabel Allende. Ela acrescenta: “À mesa, representam aquilo que os beijos são para os apaixonados, uma mostra delicada do que virá mais tarde quando a coisa ficar mais íntima. São servidos para acompanhar um coquetel ou uma taça de vinho branco antes de passar à mesa e, em alguns casos, quando a ansiedade de amar é tão grande que não há tempo a perder, podem substituir a comida.”
Hors d’oeuvre é um termo francês usado para designar os “salgadinhos” servidos antes do início da refeição. São as besteirinhas gostosas degustadas com os aperitivos. Tais besteirinhas devem ser levíssimas e intrigantes, já que a intenção é, só e somente só, de “acordar” as papilas, de “cutucar” o palato. São como as frases, salpicadas de malícia, ditas ao pé do ouvido... Benditos sejam os atrevidos! Saiba que sedutores e alguns canalhas inteligentes são especialistas em hors d’oeuvres (depois não diga que não avisei!). Voltando ao que interessa... Para encantar, aposte na simplicidade. As ameixas frívolas (nem imagino o porquê desse nome) são uma receita de Panchita, uma senhora clássica, moderada e prudente, e mãe de Isabel (acredite se quiser). Não tem quem não se derreta com essa delícia. Anote e faça! Providencie 6 ameixas secas sem caroço, ½ xícara de xerez ou vinho branco seco, 1 colher de nozes picadinhas, 1 pitadinha de noz-moscada ralada na hora, 3 fatias finas (finas!) de bacon e palitinhos para coquetel. Deixe as ameixas de molho na bebida por algumas horas, depois escorra e seque-as com papel absorvente. Recheie-as com um pouco de noz temperada com noz-moscada. Corte as fatias de bacon de comprido e envolva as ameixas com as tiras. Leve ao forno alto por dez minutos aproximadamente. Delicie-se!
Bon appétit!

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