domingo, 19 de julho de 2009

DOMINGANDO...



É domingo. Tem muita gente morgando. Com razão! Domingo é dia de morgar. De acordar e ficar grudado na cama até o corpo reclamar; a gente até obedece, levanta, caminha alguns poucos metros e pluft, lá está você jogadinho no sofá da sala tentando terminar de ler aquele livro que agora mais lhe parece pesado que interessante. Um café forte pra despertar para o mundo bombando lá fora, não seria má idéia. Você finalmente decide ver a luz do sol e curtir seu cafezinho lá no jardim (pode ser uma varanda e até uma sacadinha, serve) no aconchego preguiçoso de uma rede, claro! Domingo é domingo! O corpo sabe que é domingo! Sabe que é dia de “comer, rezar, amar” (você já leu esse livro?) não necessariamente nessa ordem. “Domingar” é isso! É dar uma chance para seu espírito falar, é almoçar lá pelas quatro da tarde, é praticar o amor, seja ele qual for (até dar banho ou brincar com seu animal de estimação vale!). Domingo é dia de ficar on-line com você; de usar aquela camiseta larga, velha e horrorosa que você adora; de cuidar das plantinhas; de conversar e até cantar sozinho; domingo é dia de mudar sua frase no MSN, de fuçar no Google; de andar descalço; dia de tomar sorvete e/ou comer pipoca assistindo àquele DVD emprestado que você nem se lembra mais quem lhe emprestou; é dia de arrumar o armário, de pregar botão... Tem gente que odeia domingo, tem gente que ama domingo. Domingo pra mim é só um dom, um presente, como quer que ele se (a)presente. Aprenda a domingar sem dor na consciência! Morgar não é imoral e tem lá seus encantos, mas pelamordedeus, só não vale ligar a TV na hora do tal Domingão! Se na sua lista de atividades domingueiras, você incluiu namorar (no sentido, digamos, mais profundo da palavra), aqui vai minha contribuição: uma receitinha de massa pra depois do amasso, porque ninguém é de ferro e amanhã já é segunda. Graças a Deus!
Coloque em uma saladeira grande, 80 gramas de manteiga com sal em cubos, uma caixinha de creme de leite, uma gema de ovo crua passada na peneirinha, uma xícara de queijo parmesão ralado na hora (ou outro de sua preferência; com emmenthal fica uma delícia), uma xícara de presunto cortado em cubinhos miúdos. Não é preciso misturar os ingredientes. Reserve. Cozinhe al dente 500 gramas de massa tipo penne grano duro em uma panela grande com água fervente e um punhadinho de sal grosso. Escorra bem e jogue imediatamente sobre os ingredientes. Abafe por alguns segundos e misture bem. Acerte o sal e rale um pouquinho de gengibre se quiser. Sirva em seguida sobre um leito de folhas verdes suavemente temperadas. Troque o presunto por frango desfiado ou pedacinhos de peito de peru defumado. Varie a massa em outra ocasião. No próximo domingo, quem sabe... Afinal, comer, rezar & amar, é preciso!
Essa receitinha não tem nome; dei a ela um apelido abusado que... “prefiro não comentar.” Aceito sugestões. Bon appétit!

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