quinta-feira, 25 de junho de 2009

E LÁ VAMOS NÓS...

Originário das florestas tropicais da América Central, cultivado pelos Maias e os Astecas, o cacau era muito apreciado como alimento na forma de bebida, o xocoatl, que quer dizer água amarga. Tal bebida era obtida a partir de favas de cacau, torradas e trituradas sobre pedras incandescentes e depois misturada com água e especiarias. Fortificante, nutritiva e afrodisíaca, a bebida continua até hoje, no topo da lista dos alimentos prediletos da maioria dos povos. A água amarga ficou mais doce, adquiriu formas e texturas variadas e as propriedades benéficas do chocolate tornaram-se evidentes. Não seria, então, o milk-shake de chocolate a versão moderníssima da ancestral água amarga?
Bebida doce, à base de leite gelado ou sorvete e (muiiiita) calda de chocolate, este antidepressivo natural e gostoso é capaz de curar alguns males do corpo e outros da alma, as mulheres que o digam! De bolsão (um verdadeiro escritório ambulante), “oclão” (para esconder as olheiras de noites mal dormidas), chinelo (porque descer do salto de vez em quando, é vital) e milk-shake de chocolate, lá vamos nós, mulheres de cara lavada, vencer ou pelo menos enfrentar, nossa mensal TPM e outras horas não tão doces que compõem o conturbado universo feminino.
As virtudes do chocolate são tantas, que mencioná-las em um único artigo, seria uma ingratidão com este tônico do coração, rico em proteínas, potássio e cálcio, sem falar na cafeína e na serotonina, que estimulam o sistema nervoso central, melhorando nossa performance muscular, combatendo o estresse e os estados depressivos.
Considerado o medicamento do amor, quase 40% das mulheres não hesitaria em sacrificar a libido em favor do prazer das papilas e bem-humoradas afirmam que preferem o chocolate ao sexo, por motivos óbvios: “o chocolate satisfaz mesmo mole; você pode comê-lo na frente de sua avó sem chocá-la; se você mordê-lo com força, ele não reclamará; as pessoas do mesmo sexo podem comer chocolate sem serem discriminadas; ninguém precisa fingir com o chocolate” (ufa!). E mais: “você não fica grávida com ele; você pode comer chocolate qualquer dia do mês; um bom chocolate é fácil de achar; nunca se é jovem demais nem velho demais para degustar um chocolate. Enfim, a espessura do chocolate não conta, todos são deliciosos!”
Mito ou ciência? O que conta aqui é o que ele provoca em cada um(a) de nós quando o degustamos. Um prazer quase proibido que nos leva a sucumbir à tentação; sua textura cremosa e seu aroma agradável inundam nossos sentidos provocando uma sensação de reconforto, um êxtase sem precedentes...
Caras leitoras, rendam-se ao chocolate pelo menos uma vez por mês! E rapazes do meu Brasil varonil, cuidem-se! (ou tenham sempre um ao alcance das mãos). Bon appétit!

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